quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Resenha

Os Miseráveis

SINOPSE
Após cumprir 19 anos de prisão com trabalhos forçados por ter roubado comida, Jean Valjean (Liam Neeson) é acolhido por um gentil bispo (Peter Vaughan), que lhe dá comida e abrigo. Mas havia tanto rancor na sua alma que no meio da noite ele rouba a prataria e agride seu benfeitor, mas quando Va

ljean é preso pela polícia com toda aquela prata ele é levado até o bispo, que confirma a história de lhe ter dado a prataria e ainda pergunta por qual motivo ele esqueceu os castiçais, que devem valer pelo menos doi

s mil francos. Este gesto extremamente nobre do religioso devolve a fé que aquele homem amargurado tinha perdido. Após nove anos ele se torna prefeito e principal empresário em uma pequena cidade, mas sua paz acaba quando Javert (Geoffrey Rush), um guarda da prisão que segue a lei inflexivelmente, tem praticamente certeza de que o prefeito é o ex-prisioneiro que nunca se apresentou para cumprir as exigências do livramento condicional. A penalidade para esta falta é prisão perpétua, mas ele não consegue provar que o prefeito e Jean Valjean são a mesma pessoa. Neste meio tempo uma das empregadas de Valjean (que tem uma filha que é cuidada por terceiros) é despedida, se vê obrigada a se prostituir e é presa. Seu ex-patrão descobre o que acontecera, usa sua autoridade para libertá-la e a acolhe em sua casa, pois ela está muito doente. Sentindo que ela pode morrer ele promete cuidar da filha, mas antes de pegar a criança sent

e-se obrigado a revelar sua identidade para evitar que um prisioneiro, que acreditavam ser ele, não fosse preso no seu lugar. Deste momento em diante Javert volta a perseguí-lo, a mãe da menina morre mas sua filha é resgatada por Valjean, que foge com a menina enquanto é perseguido através dos anos pelo implacável Javert.


FICHA TÉCNICA

Título Original: Les Misérables
Gênero: Drama

Tempo de Duração: 131 minutos
Ano de Lançamento (EUA):
1998
Site Oficial: www.spe.sony.com/movies/lesmiserables
Estúdio: TriStar Pictures / Mandalay Entertainment
Distribuição: Columbia Pictures
Direção: Billie August
Roteiro: Rafael Yglesias, baseado em livro de Victor Hugo
Produção: James Gorman e Sarah Radclyffe
Música: Basil Poledouris
Fotografia: Jörgen Persson
Desenho de Produção: Anna Asp
Direção de Arte: Peter Grant
Figurino: Gabriella Pescucci

Edição: Janus Billeskov Jansen
Efeitos Especiais: The Moving Picture Company

ELENCO

Liam Neeson (Valjean)
Geoffrey Rush (Javert)
Uma Thurman (Fantine)
Claire Danes (Cosette)
Hans Matheson (Marius)
Reine Brynolfsson (Capitão Beauvais)
Peter Vaughan (Bispo)
Christopher Adamson (Bertin)

Tim Barlow (Lafitte)
Timothy Bateson (Banqueiro)
Veronika Bendová (Azelma)


Resenha


Uma Comovente Opção


Por Elismar Pinto


É comovente a trajetória do Jean Valgean (Liam Neeson), personagem principal da obra “Os miseráveis” / EUA 1998. Um

a história emocionante e envolvente, que nos leva ao século XIX, momento de transição histórica para a França, que sofre com conflitos políticos, revolta e manifestações populares. Tudo isso servindo como pano de fundo para uma história fascinante que relata com profundidade a injustiça social, nos faz pensar em nossos valores, conceitos e na triste condição humana de um indivíduo que precisa roubar para comer.


Foram feitas muitas adaptações

desta obra para o cinema, e nos últimos anos, foi um dos musicais de maior sucesso em todo o mundo, mas essa película foi baseada na obra de Vitor Ugo, clássico da literatura francesa.


O filme fascina pela maneira realista que narra os fatos, nos mostra que existem muitas pessoas como o “ex-galé” Jean Valgean (Liam Neeson), como a órfã Cosette(Claire Danes),não talvez com a mesma sorte, como a operária e depois prostituta Fantine (Uma Thurman). Personagens bastante vívidos e presentes em nosso meio e no seio da nossa sociedade, basta sairmos à rua, ler revistas ou assistir aos telejornais e iremos nos defrontar com pessoas que poderia servir de inspiração para uma continuação dessa obra, ou até mesmo protagonizar juntamente com o Liam Neeson essa triste história.

O filme narra a trajetória de um homem, que depois de roubar um pão, é preso e passa grande parte da sua vida na prisão, lá se torna uma pessoa triste, amarga e sem esperança. Depois de cumprir a sua pena tente se inserir novamente na sociedade e é rejeitado, o que o torna ainda mais revoltado. Mais tarde é profundamente transformado, p

or um gesto de desprendimento e generosidade do Bispo da cidade (Peter Vaughan), a partir daí, ele descobre ou redescobre os valores morais, de ética, bondade e amor ao próximo, se tornando um homem bom e generoso, criando em si uma nova consciência, e a sua vida passa a ser um reflexo dessa nova personalidade. È quando conhece Fantine (Uma Thurman), prostituta e sua ex-operária, muito doente, Fantine (Uma Thurman) o faz prometer cu

idar da sua única filha Cosette (Claire Danes), que cresce ao lado de jean Valgean(Liam Neeson), para Cosette(Claire Danes) única figura paterna.


Jean Valgean (Liam Neeson) é incessantemente perseguido por Javet (Geoffrey Rush), inspetor de polícia e uma enorme pedra no seu sapato. Javet(Geoffrey Rush) é uma figura seca, imponente e excessivamente correta, capaz até de prender a própria mãe se esta assim violar uma lei. Para Javet(Geoffrey Rush) é uma questão de honrra prender novamente o fugitivo jean Valgean(Liam Neeson), e torna isso grande motivação para a sua vida.


O filme nada deixa a desejar ao livro, o roteiro “prende” o espectador e o leva até o seu surpreendente e emocionante

final. Dirigido por Billie August de maneira muito inteligente e fiel a obra original, Os miseráveis também se destaca pela sua parte técnica, trabalhou com diferentes figurinos, maquiagem e fotografia quando mostrou a passagem de década de maneira eficiente e eficaz, o que levou o espectador a também viajar pelo tempo, envelhecer com Jean Valgean(Liam Neeson) e crescer com a Cosette(Claire Dan

es).


O roteiro não modificou muito em relação à obra original, o que não levou a grandes surpresas para quem já conhecia a obra por outras adaptações. A trilha sonor

a de Basil Poledouris também não se destaca muito, ao contrário do ator Liam Neeson, que cai como uma luva para o personagem principal, depois de ver a película não consigo imaginar um outro ator para interpretar o papel do protagonista. Uma Thurman também teve uma singular participação, embora breve, mas muito marcante e de profunda importância para o desencadeamento da história.


Contudo o filme é um trabalho digno de elogios e de bons comentários, embora não tenha ganhado nenhum prêmio, levou o público às salas de cinema. A história faz com que nos deparemos com uma inesperada lição de vida e ética, que nos são apresentados em 131 min.

Os miseráveis uma obra fantática e surpreendente que vale a pena ser vista e sentida, não somente para quem deseja absorvê-la e refleti-la, mas também como uma excelente opção de entretenimento, pois um bom filme é sempre e em qualquer ocasião uma ótima diversão.



Principes e Princesas

SINOPSE : B e m -vindos ao teatro de sombras do animador Michel Ocelot. Neste criativo filme de silhuetas animadas, uma menina e um menino encenam fantásticas peças de teatro, auxiliados por um velho técnico desempregado. Eles se transformam em herói e heroína de seis contos e viajam para todos os cantos do mundo, indo do passado remoto ao futuro distante. O filme apresenta um universo de elegantes e encantadoras figuras que deslumbram espectadores de todas as idades, mostrando a beleza do Antigo Egito, a poesia da arte japonesa, o romance da Idade Média e os prodígios do ano 3000.



Príncipes e Princesas, combinação de diversão, leveza e poesia



Por Elismar Pinto


Príncipes e Princesas” um filme que combina diversão, criatividade, beleza, leveza e poesia, tudo sob a batuta do diretor e animador Michel Ocelot. A película estreou com cópias legendadas e dubladas. As cópias dubladas foram interpretadas pelas vozes dos atores Othon Bastos, Ernesto Piccolo e Giulia Gam. São aproximadamente uma hora e doze minutos de diversão, surpresas e puro encantamento, divididos em seis pequenas histórias de 12 minutos cada, que gira em torno dos personagens que foram e são clássicos da literatura mundial e, que dá nome ao título. “Principes e Princesas”, é de 1999, e levou uma década para ser finalizado, sendo que, quatro deles era parte de um trabalho anterior de Ocelot, Cine Si, de 1989. O talento do animador francês Ocelot, foi evidenciado a partir do seu primeiro longa-metragem, o desenho animado “Kiriku e a Feiticeira”. A sua história baseava-se em uma lenda africana, e surpreendeu ao mostrar aspectos da África que, até então, não eram evidenciados. Uma África mais próxima da realidade, fome e miséria, e é onde nasce Kiriku personagem que protagonizou o filme.


Príncipes e Princesas”, começa com a história de uma menina e um menino que encenam peças em um teatro de sombras, assistidos por um velho técnico. Os contornos animados aos poucos vão transformando-se em heróis e heroínas que viajam para diferentes cantos no mundo. Mostram diferentes culturas e apresente um mundo encantador que parte desde um passado remoto do Antigo Egito, passando pela idade média e vai até o futuro distante do ano 3000.


O filme e narra, importantes aspectos do comportamento humano de uma maneira divertida e atraente, que vão dos mais bizarros (o conto O Príncipe e a Princesa), aos mais instigantes (o conto A Bruxa). E, o melhor é descobrir que, mesmo um tema tão comum, como o apresentado por Acelot (Príncipes e princesas), é possível criar, recriar e dar um rumo inusitado a histórias. A exemplo do conto A Bruxa, que quebra o estereótipo do mal e finaliza a história com o príncipe casando com a bruxa, e tornando-a a sua princesa.


Não questiono a criatividade do autor, mas, considerei o conto (O Casaco da Velha), certo exagero, que no final ficou meio sem nexo, é claro que foi divertidíssimo assistir uma “inofensiva” e inocente velhinha, dar uma lição em um espertalhão, e o cenário também estava fantástico, mas daí, a simpática senhora, persuadir um bruta-montes a mante-la todo o tempo nas costas , para mim foi demais! E no final, além de dar um passeio maravilhoso, o dito-cujo, ainda foi presenteado com o casaco, pode!


Todavia, o longa fascina pela maneira poética que narra as histórias, pode tudo, o que a imaginação mandar, pode até um fabulo virar príncipe e casar com a princesa (A Rainha e o Fabulo), pode até uma mulher no ano 3000, esperar por um príncipe!





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